Num cenário onde cada elemento conta uma história, o espaço Casa Veredas Simonetto, projetado por Gabriel Fernandes para a Casa Cor São Paulo 2024, destila memórias e emoções em cada dobradura de tecido. Não é apenas arquitetura; é poesia tecida. Gabriel, cuja jornada se entrelaça com a moda antes de se aventurar na arquitetura, encontra nos tecidos um elo com seu passado, revivendo as lembranças de infância.
A paixão de Gabriel pelos tecidos é palpável, uma verdadeira celebração das cores, texturas e formas. Nos últimos anos, essa paixão o leva a explorar a arte pessoal, traduzindo sua visão em desenhos que capturam a essência dos objetos cotidianos de sua casa. Esses estudos, inicialmente sem pretensões, logo revelam um potencial surpreendente, inspirando Gabriel a digitalizá-los e explorar as possibilidades do design têxtil.
Na Casa Cor, essa paixão ganha um novo palco. As estampas de Gabriel, desenvolvidas em parceria com a Branco.Casa, expressam sua visão artística. Uma das estampas, marcada por traços orgânicos e pinceladas espontâneas, cobre elegantes poltronas e adorna a fachada do ambiente, criando uma atmosfera de arte manual que convida os visitantes a tocar e sentir a história por trás de cada linha.
A outra estampa, evocando cores terrosas, complementa a paleta com profundidade rica e quente, refletindo a intenção de Gabriel de trazer para o espaço um toque da natureza. Esta, aplicada com destreza em almofadas confortáveis, adiciona uma textura luxuosa que contrasta magnificamente com a simplicidade do espaço.
Na Casa Veredas Simonetto, cada detalhe é cuidadosamente pensado para refletir uma narrativa. Desde a escolha dos tecidos até a disposição dos móveis, Gabriel usa cada elemento para contar a história de um lar brasileiro cheio de vida e memória. As estampas não são apenas decorativas, são declarativas, contando o legado de um homem que vê beleza no ordinário e traz significado através de suas criações.
Esta colaboração com a Branco.Casa não é apenas um projeto; é uma celebração de legados, de memórias familiares e do poder evocativo dos tecidos. O arquiteto mostra que cada pedaço de tecido pode ser uma janela para as memórias, um convite para revisitar e reimaginar o passado.
