O histórias de casa faz um trabalho encantador: com uma sensibilidade ímpar e um olhar único para o universo da decoração, transformam lares e mostram toda a vida que habita um infinito de casas. o blog tem uma parceria única com a branco – e você confere, abaixo, algumas das nossas histórias favoritas, descritas por eles.
Mudar a decoração de um espaço pode ser muito mais transformador do que imaginamos. É algo que extrapola a estética e provoca também uma mudança interna, trazendo à tona novos sentimentos e sensações. É por isso que gostamos tanto de compartilhar histórias de Antes e Depois por aqui, e hoje vamos contar uma bem especial: a branco. papel de parede e a Trapézio Galeria se uniram para provar que, sim, é possível usar papel de parede e obras de arte em conjunto – e o resultado fica incrível. Vamos conferir?
Quando o diretor criativo e cenógrafo João Vitor resolveu repaginar uma das paredes de sua sala, ele não imaginava que a transformação o impactaria tão fortemente. Depois do makeover a emoção foi tanta que, nas duas primeiras noites, João decidiu dormir na sala só para poder acordar com vista para a parede nova. Agora ele já voltou para o quarto oficial, mas a surpresa boa de começar o dia recebido por todas essas cores ainda permanece: “Eu saio do meu quarto e quando vou dar um ‘Bom dia’ para a Paçoca na sala, um sorriso se abre. O papel e as obras de arte mudaram tudo aqui dentro do apartamento e dentro de mim. Eu não imaginava que uma parede poderia fazer isso. Minha sala está mais solar agora, e isso é algo que me faz sentir muito melhor. Tenho até vontade de mudar meu escritório de lugar só para ficar com esse céu azul nos dias cinzas que estamos vivendo nesse verão em São Paulo”, ele conta.
A decoração do apartamento é espontânea e muito guiada pelo olhar do morador, porém tudo ali tem seu porquê. Das peças reaproveitadas de seus projetos de cenografia a objetos trazidos de viagem, passando por itens trocados com amigos ou desenhados por ele do zero somente para a casa. “Eu vou decorando à medida em que algo me emociona, me desperta curiosidade, me faz lembrar alguma coisa…”, ele explica.
Itens singelos, como uma coleção de pedras, também falam alto ao coração e resgatam boas memórias. “Eu tenho pedras na minha mesa da sala, na pia do banheiro, nos apoios do armário do quarto… elas lembram minha infância na chácara dos meus avós em Minas Gerais. Eu passava muitos dias do verão procurando por pedras diferentes na terra e as colecionava até o fim das férias. Depois devolvia tudo, e de janeiro em janeiro eu brincava de pegar pedras e colecionar por um verão. A vela me lembra o fogo e as manhãs frias de junho quando eu queria estar perto do fogão à lenha de minha avó – quentinho e esperando horas para a comida ficar pronta”, João conta.
Seu gosto por plantas também veio dessa fase da infância na roça e dos tempos em que João morou em Vila Velha, no Espírito Santo. Quando ele se mudou para São Paulo, em 2015, aos poucos percebeu o quanto sentia falta do mar e do verde, então ao trazer esses elementos para dentro de casa ele encontrou uma forma de se reaproximar de tudo isso. “Fui entendendo que quanto mais plantas eu tinha ao meu redor, mais me sentia fora do apartamento. Essa selva existe para eu me inspirar diariamente com a beleza do nascer de uma folha, ou de uma flor inesperada. Eu amo a natureza e acredito que ela é a melhor designer que já existiu. Um arquiteto que admiro muito fala isso, o Marko Brajovic – e eu adotei essa frase quando ele conseguiu verbalizar algo que também sinto”.
Se a natureza é uma fonte de inspiração tão grande para João, fica fácil entender porque ele escolheu um papel de parede da branco. com estampa de céu. O modelo foi criado pelo duo Snijer & Co, cujo trabalho ele admira há bastante tempo. A estampa é pintada à mão e é possível notar toda a textura dos pincéis quando se olha de perto. Segundo o morador, isso humaniza essa paisagem de algo que parece intocável, o céu. “A branco. é uma marca que conta histórias e todos os produtos possuem uma própria. Eu acredito muito que as pessoas devem se envolver com as marcas porque se emocionam e se identificam e não por impulso. Esse painel para mim é uma representação desse desejo”, João diz.
Sobre esse fundo de céu, o colorido das obras de arte da Trapézio Galeria parece ganhar ainda mais força do que em uma parede totalmente branca. Ao invés de se guiar por uma única paleta ou estilo, a parede-galeria reúne o trabalho de artistas com diferentes técnicas e suportes: como as gravuras em metal de Jacqueline Aronis; as ilustrações poéticas de Fernanda Peralta ou os trabalhos com linguagem geométrica de Cassia Aresta. A seleção de obras compondo a parede de João também inclui os artistas Jaime Prades, Pedro Lopes, Ricardo Bueno e Silvia Ruiz.
Cada vez mais solar, mais astral e mais colorida. Esse é um bom jeito de definir a sala do João após a transformação – e se a casa já era gostosa antes, agora ficou melhor ainda. “Eu acredito que o lar é esse lugar da possibilidade. De abrir e fechar espaços. É o lugar do encontro mais íntimo. O encontro com o que está dentro, com memórias, com pessoas que me fazem sentir aquecido… é um lugar para construir sentimentos sensíveis, para não temer a intensidade, testar, elaborar e transformar. Isso se aplica em cada detalhe da casa”.
Fotos por Felco